terça-feira, 20 de maio de 2008

Professora e alunos de carne e osso

Acima, eu com a turma 801, do Colégio Estadual Lia Márcia Gonçalves Panaro. Eles não estão muito felizes nesta foto, pois foi no exato momento em que a coordenação separou as "panelinhas"... A metade do lado direito não quis tirar foto, que pena!
Uma das coisas das quais mais me orgulho é poder dizer que SOU professora.
Quando levo palestras às escolas e começo a falar sobre o papel da felicidade no processo ensino-aprendizagem e entro na questão da afetividade e relacionamento professor-aluno, posso afirmar o que digo baseada em minha própria experiência em sala de aula, com alunos reais.
Já assisti a palestrantes que, inteligentíssimos, mas sem a mínima noção do que é realmente uma sala de aula atual, dizem coisas estapafúrdias, que não condizem com a realidade dos professores - pelo menos não os do Estado do Rio de Janeiro ou de seus vários municípios.
Fala-se muito sobre levar o aluno para fora de sala de aula, quando sabemos que isso é a exceção, devido a seus vários desdobramentos. Para fora, onde? Tem verba? Qual horário? Responsabilidade?
Citando este único exemplo, não estou me esquivando da necessidade de apresentarmos 'outros mundos' a nossos alunos. Porém, sabemos claramente que a saída de sala de aula não tem como ocorrer com a freqüência com que querem nos fazer acreditar ser possível.
Agora, o que dá para fazer todos os dias é levar a vida para DENTRO da sala de aula. É tornar nossas aulas interessantes, é falar a língua dos nossos alunos e fazê-los compreender a nossa. É lembrar que não existem alunos ideias e nossa sala está repleta de indivíduos que querem realmente alguém que se importe com eles antes de querer ensiná-los alguma coisa.

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