terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amor pelos alunos, amor à profissão

Costumo contar nos encontros com professores de uma certa pessoa que levantou a mão, no meio de uma palestra, e disse categoricamente: "Muito bem, professora. Concordo com tudo o que você disse. Mas, esse negócio de ter que amar aluno eu acho errado. Eu não sou paga para amar aluno, não!".
Apenas consegui concordar com a professora. "Você está certa", comecei, "não somos pagos para amar nossos alunos. Amar é um mandamento divino. Amar, a gente ama de graça."
Se não gostamos de trabalhar com gente, mudemos de área! Por isso, não tenho vergonha de parecer piegas ao dizer que REALMENTE amo meus alunos.

Contudo, convém deixar uma coisa clara: o amor à profissão, assim como o amor em um casamento, por exemplo, precisa ser nutrido - bilateralmente. Amo minha profissão, mas esse amor floresce se vejo nela também o suporte necessário para eu alcançar sonhos e metas. Daí, CLARO que o dinheiro também faz a diferença! Atire a primeira pedra quem consegue viver sem dinheiro em um mundo capitalista.
O amor retribuído com boas condições de trabalho, respeito aos acordos feitos (mesmo os meramente verbais), expectativas claras e salários condizentes com o que você oferece (titulação, experiência, dedicação e, inclusive, aquele amor aos alunos) é amor que se nutre, floresce, finca raízes e vira 'eterno enquanto dure', deixando saudades quando um dos lados decidir outro caminho. Nem alívio, nem dor. Mas, sabor de saudades por ter vivido intensamente um amor correspondido.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Reflexão 3 - Do estágio para professores

Não sei se vou escrever abobrinha, mas tenho percebido o seguinte: todos os graduandos ficam ansiosos pelo período do estágio que, em muitos casos, além de significar uma grana extra, em alguns casos, é principalmente o momento de se obter conhecimento prático da profissão. No entanto, essa alegria não parece contagiar os alunos de licenciatura. Primeiro, quase nunca é remunerado, o que já dá um grande desânimo no pessoal. Segundo, a maior parte do tempo ficam "observando" - e alguns graduandos nem sabem o que exatamente precisam observar. Afinal, pensam, já não observaram a vida inteira? Em terceiro lugar, infelizmente, muitos professores cujas aulas esses futuros professores observam são sofríveis, não gostam de sua profissão e não servem de bom modelo.
Triste quadro. Triste realidade em muitas escolas. Todo estagiário deveria ter direito a um bom professor em campo que os orientasse por preceito e exemplo, que se orgulhasse da profissão, que amasse seus alunos e que buscasse atualização constante.
É, eu sei...
Todo professor em campo deveria ser valorizado também, para poder valorizar a profissão... com boas condições de trabalho, salários que não sejam apenas simbólicos, com incentivo à sua formação continuada, etc.
Parece um ciclo sem fim.

Reflexão 2 - Do lúdico

Professores têm mania de modismo, de palavras bacanas na educação. Tanta teoria e quase nenhuma prática. Talvez sejamos o melhor modelo do ditado 'façam o que eu digam, não façam o que faço'.
Na formação de professores fala-se muito em lúdico. Está na moda. Nada contra. Meus alunos sabem que adoro diversão em aula (espero que saibam, espero que eu seja um modelo, ainda que ralé, disso!). No entanto, o que vemos são aulas expositivas e seminários praticamente em TODAS as aulas.
Os alunos já estudaram com professores tradicionais a vida inteira. Chegam às licenciaturas e não vem nada de diferente. Como é que podem fazer uma prática mais "lúdica"??? Haja inspiração divina!

Reflexão 1

Esta semana estou reflexiva, introspectiva até. Tenho pensado demais no livro que ainda vou escrever, "Nadando contra a maré", que contraria alguns pensamentos ou ensinamentos na área de educação. Preciso criar um cronograma para isso...
Mas... enquanto isso, vou pensando algumas coisas simples, bobas talvez.
Por exemplo, a questão de os professores reclamarem que os alunos de hoje em dia não sabem pesquisar. Encontram tudo através do google e copiam sem saber o que estão copiando.
E antes? Nós íamos a uma biblioteca - da escola ou casa de alguém - e muitas vezes meramente copiávamos o conteúdo de um livro, "resumindo", ops, leia-se: tentando encurtar o texto, miniaturizando-o nas tais folhinhas 'almaço'.
O fato de copiarmos com a própria mão fez-nos mais sábios no assunto?! Quem me dera!
Hoje pelo menos há maior variedade onde se copiar. Digita-se o assunto, escolhe-se o site. Ah, claro, reza para a informação ser verdadeira. Talvez, formata e, pronto, só imprimir!
Acho que a questão é o tipo de trabalho que se está pedindo que o aluno faça. Ele tem espaço para criar? Para deixar sua voz aparecer?
Então, que trabalhos você tem solicitado a seus alunos?

MC Sol




Calma... Não é o que talvez você possa estar pensando ao ler o título desta postagem... Já percebeu pelas fotos acima, não é?
Sábado passado, tive a honra de ser mestre de cerimônias do casamento de Leandro Lisboa e Andressa Rangel. Ambos foram meus alunos em 1998-99, no IMJ - Instituto Menino Jesus. Leandro pediu que, além de dar maior agilidade à entrada dos padrinhos (uns 20 pares!), gostaria que eu compusesse um texto que falasse do relacionamento dos noivos e exaltasse o amor e os grandes encontros que cada um de nós temos em nossas vidas: amigos, familiares, etc.
Foi uma noite memorável!
Eu me saí muito bem no papel (esqueci a modéstia em algum lugar) e já posso me lançar profissionamente nessa área agora :)