terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amor pelos alunos, amor à profissão

Costumo contar nos encontros com professores de uma certa pessoa que levantou a mão, no meio de uma palestra, e disse categoricamente: "Muito bem, professora. Concordo com tudo o que você disse. Mas, esse negócio de ter que amar aluno eu acho errado. Eu não sou paga para amar aluno, não!".
Apenas consegui concordar com a professora. "Você está certa", comecei, "não somos pagos para amar nossos alunos. Amar é um mandamento divino. Amar, a gente ama de graça."
Se não gostamos de trabalhar com gente, mudemos de área! Por isso, não tenho vergonha de parecer piegas ao dizer que REALMENTE amo meus alunos.

Contudo, convém deixar uma coisa clara: o amor à profissão, assim como o amor em um casamento, por exemplo, precisa ser nutrido - bilateralmente. Amo minha profissão, mas esse amor floresce se vejo nela também o suporte necessário para eu alcançar sonhos e metas. Daí, CLARO que o dinheiro também faz a diferença! Atire a primeira pedra quem consegue viver sem dinheiro em um mundo capitalista.
O amor retribuído com boas condições de trabalho, respeito aos acordos feitos (mesmo os meramente verbais), expectativas claras e salários condizentes com o que você oferece (titulação, experiência, dedicação e, inclusive, aquele amor aos alunos) é amor que se nutre, floresce, finca raízes e vira 'eterno enquanto dure', deixando saudades quando um dos lados decidir outro caminho. Nem alívio, nem dor. Mas, sabor de saudades por ter vivido intensamente um amor correspondido.

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